sábado, 28 de junho de 2008

Poema nº11: Sensações

Naquele frio ensurdecedor
Naquela escuridão amarga
O doce aroma de cores
Fez-me sentir na pele o brilho
Do teu nobre olhar

Sensação metafísica e gananciosa
Na flor da pele sentiu a brisa
Preso à Terra das ilusões
Numa crítica avassaladora
Num futuro sem esperança
Tomando uma taça de vinho

E entre baforadas de charuto
Homens decidem por outros
E outros derramam sangue
E dentre todas as metáforas
Em sensações distintas
Encontro-me eu em confusão

E sei disso.

Ass: Marcel Villalobo

Notas:
Confusão, será o meu epitáfio.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Poema nº10: Acabou

Acabou
Acabou o que era festa
Acabou
Acabou a fantasia
Acabou o que tinha de acabar
Acabou
Acabou-se o verde
Acabou-se um sonho
Acabou-se tudo
Acabou-se nada
Acabou-se o mundo
Acabou


Ass: Marcel Villalobo

Notas:
Mais um poema para expressar o meu momento. É triste saber disso, mas como dizem, tudo que começa rápido, termina rápido. E senti isso na pele mais uma vez.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Poema nº9: Solidão e Superação

Sentado num canto escuro
Com whisky e um cigarro na mão
Encaro a minha solidão
Num papel de parede negro
No canto das ilusões

No campo das contradições
Em silenciosa percepção
Oscilando entre cores vivas
E tons neutros
Numa flâmula em chamas
Inflamando o pulsar da rosa
Encarando a percepção do olhar

E no lenço das contradições
Colhi os frutos da tempestade
E no abismo em que me atirei
Sequer vi seu último sorriso
E queira isso ser bom

Num dia cinza e escuro
Encostado nos meus pensamentos
Dei adeus a minha solidão
E com ela nasceu o sol
E eu vi novamente o brilho
Num papel de parede azul
No canto dos sonhos

Ass: Marcel Villalobo

Notas:
Acho que resumi a minha vida nesses últimos dois anos neste poema.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Poema n°8: Luz

Do infinito espaço
Surge em velocidade plena
A luz que atinge em totalidade
A dimensão metafísica do espaço
Em metáfora assombrosa
Em devaneios e vertigens
Em delírios e espantos
Aliterações, zeugmas, apóstrofes
Alterações na espécie
Mutação em cadeia
Raios gama alcançam
Cintilam nos olhos de quem nunca viu
Atravessam todo o plano
Reagem com o tempo
No anteparo das ilusões
Criei fantasmas

Ass: Marcel Villalobo

Notas:
Algo psicodélico.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Poema nº7: Estrelas

Hoje eu olhei as estrelas
Contemplando seu brilho esplêndido
De encontro aos meus olhos
E o brilho do teu olhar assemelha-se
Ao brilho das estrelas

E contemplando a escuridão
Pude contemplar meus pensamentos
E olhando as estrelas
Pude sentir o teu olhar

Nem mesmo a brisa do mar
Iguala-se ao seu olhar
Nem mesmo a mais frondosa árvore
Tem a tua jovialidade
Tem tua espirituosidade

E na brisa em meu passo
Pude sentir teu abraço
E no barulho das águas na foz
Pude ouvir a tua voz
Me chamando, me encantando
Me encantando...

Hoje eu olhei as estrelas
Elas me guiarão até você
Levarão-me ao infinito passeio
Levarão-me à felicidade
E sentirei o brilho de teu olhar

E o brilho do teu olhar assemelha-se
Ao brilho das estrelas

Ass: Marcel Villalobo

Notas:
Dedico esse poema a uma única pessoa, muito especial, que prefiro não falar sobre. :)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Poema nº6: O despertar dos novos tempos

Oh, luz que me alumia
Oh sede que me faz pensar
Viva a cor da vida
Viva a alegria de viver

No ninho do pássaro, alegre voar
Farfalhar das asas aproxima-se
E dentre as belas árvores
A liberdade estende-se aos meus pés

A terrível tempestade se foi
Agora é a hora da liberdade

Ass: Marcel Villalobo

Notas:
Enfim, acho (e espero eu que esteja certo) que finalmente enterrei meus fantasmas do passado. É hora de seguir em frente, viver o futuro, e torcer para que tudo dê certo.