Páginas viradas de um livro vazio
Não movem moinhos, não mudam o movimento
São uma miragem mirabolante
Ternura macia, maciça
Hei de executar essa discordância
Nascidos ao véu, há mister gritar:
Sem futuro, não há o amanhã.
No vazio do vácuo, vernáculo;
Vedes as videiras verdes
Nas vozes vazias vidrando
O som de um violão violando
O pacífico vale vertiginoso
E na sua cabeça, pairará o pensamento:
Sem futuro, não há o amanhã.
Som das trombetas trovoando
No trovadorismo ao som do trovão
O trotar dos cavalos tinhosos
Em imensa treva sonora
Trazidos na imensidão do tempo
E terás um dia de dizer:
Sem futuro, não há o amanhã.
Sem amanhã, não há futuro...
Ass: Marcel Villalobo
Notas: Me inspirei em duas coisas nesse poema: na música "Leave no Trace", do Anathema e nos poemas da época do Simbolismo.
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