quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Poema nº20: Críticas e Suspiros

I

Uma sensação de alivio pairou no ar
No paiol dos sentimentos vivos
Passou como um furacão veloz
Deixando marcas profundas em terra
Queimadas como ferro em brasa
Atirando a concepção de lado

Um pássaro comedido voa
O farfalhar nobre de suas asas
Fazem o feito funesto e fatídico
Numa feitoria de reis e nobres
Num paladar de sangue e vinho
Queimando a vida como se fosse o nada
Jogando em latas a inocência perdida

II

Vela que ilumina este olhar
Falsidade e calunia
Enganação e pura futilidade
Na sua voz de uma garota
Que por ser fera, foi escondida
Pela bela, que por representação
Transmitiu a mesma mensagem de paz
Ainda que de forma estúpida e difamatória

Representa-se o mundo em forma de covardia
Em meio a uma pacífica retórica
Surge a turbulência e a prepotência
De algo que sequer podemos observar
Pois o abafar dos causos nos passa
A nobre sensação da beleza e do puro
Nos olhos de quem não quer enxergar
O outro lado da rosa vermelha

III

Céu claro e límpido de luar
A brisa morna anuncia a chegada
Dos novos tempos, fugaz percepção
Eles trarão a primavera das flores
E com elas desabrocharão os sentimentos
Verdadeiros e nobres
Feito dos povos, um manifesto mundial
Totalmente unilateral, e a junção
Do tédio roto e das pétalas amarelas
De um Ipê numa beira roça
Fará a tração assimétrica
Do tempo do amor

IV

Como é bela a rosa do tempo

Ass: Marcel Villalobo

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