Para alguns, um tufão. Para outros, uma leve brisa. Afinal, o
que foi este ano que passou? E o que será o próximo? Eu não
sei. Aliás, não sei de nada. Sou apenas um ponto
insignificante no meio de uma imensidão que pode representar
o tudo, e o nada. Se os anos são entidades, eu diria que para
mim, eles são preguiçosos. Todos eles poderiam trabalhar um
tiquinho a mais para serem melhores que os anteriores. Mas
pelo contrário, eles são sempre iguais. Nada muda, mas tudo
muda. Digo que a vida é dura comigo, mas por outro lado, a
vida pode dizer o mesmo de mim. Mas afinal, somos apenas
seres cheios de dúvidas. Talvez haja um dia em que alcancemos
a plenitude, o saber completo. Ou continuemos nessa treva
eterna. Querem saber? Os anos não vão mudar isso. Em nada
muda. São apenas números que servem ao anseio do homem em
mensurar tudo que há em sua volta. A mudança parte de cada
um. E eu? Continuarei sendo um ponto insignificante no meio
de uma imensidão que pode representar o tudo, e o nada, mas
buscando a minha plenitude.
E eles se vão como a chama de uma vela...
Ass: Marcel Villalobo
Nota: sei que esse é um blog cujo título refere-se à poemas, mas dessa vez não consegui colocar tudo num poema. Talvez essa seja a tônica para os próximos posts.
2 comentários:
saé todo ano assim, é coisa renovada que não se renova. É mesmice! Intenso, e real. Ficou bom Marcel, e prosas são perfeitas.
Isso tudo é falta de amor...
O mal do século.
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