sábado, 31 de maio de 2008

Poema nº5: Vazio

Oh divina impetulancia que me assusta!
Oh, santa maldição que recai sobre meus ombros!
É tudo tão pafúrdico!

Um grão de poeira vazio
No meio de uma sala estreita
No vento que bate da clareira
E do sol adentra a luz que alumia
A corda em teu pescoço
E reflete a dor d'alma no espelho

Oh, ignóbil sabedora
Conhecimento ignorante que assombra
Estupidez de quem serviu a verossimilhança
E no calçado de sua majestade
Viu-se dor e corrupção

Ódio alente que corrompe a alma
Vazio profundo que deturpa a consciência
Ventura desventurosa, que justaposta à insensatez
Fez de tua imagem, mero tapume inútil

Criaturas mortais, dissolutas
Faço de meu último apelo, mera convicção
Aprendei a rebeldia de teu pudor
E faça de teu pensamento, um rumor
Divagando pela estrada campestre
Aprendei a olhar a divina natureza
E compreenderá:
Quem desventuras criar, amaldiçoado será!

Ass: Marcel Villalobo

Notas:
Como o próprio título sugere, esse poema é algo "vazio", de certa forma desprovido de sentimento e com uma temática um tanto confusa e desconexa, além de um vocabulário mais pessoal. Tem a ver com a confusão interior que vivo, que acaba me deixando um pouco "vazio".

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