Das montanhas em claro verde
Ouve-se o farfalhar das asas
Da águia a voar com liberdade
No seu plano metafísico
Em vales derradeiros
No suor das hastes o ardor
Da Montanha onde incide o Sol
Em proesa divina e impetuosa
Flor do campo há de se admirar
E quem há de discordar
De vôo de asas ao ninho
Em ausência de carinho
Nos irá proporcionar?
Sereno belo e calmo
Nos banha em silêncio
A noite cai veloz
Ao corte do albatroz
Pruma da juventude
Helenísica compaixão
Ao som das trombetas do anuncio
Que a manhã que virá
Será melhor que a noite
Onde veremos o sol brilhar
Longe do ímpeto do luar
Grande sombra projetada
Ao inverno do semblante
A figura da natureza
Figurando no patamar cimeiro
Projetando a sombra inferior
No casulo sombrio da manhã
Onde o frio e o quente dançam
Entrelaçam-se e criam nós
Por força superior, e maçiça
Adornam os vales brilhantes
Ar fresco que te enamora
E vedes tão nebulosa manhã
Tão fria tarde e tão quente noite
E sentes a minha presença
Maculando a sagrada paz
E sentes a brisa suave
Em teu belo e formoso rosto
E sentirás minha falta
E te tornarás uma fria montanha
Gélida e solitária, aparando o vento
Cujo sereno há de tornar
Tortuosa perdição
Cuja chuva há de destruir
Seus sonhos e seus louvores
E tendes a saber então
Que a brisa leve da manhã
É melhor que a tenebrosa tempestade
E ouvirás eu dizendo
As mais suaves palavras
E me ouvirá em cada manhã
E eu saberei te agradar
E sentirás o sabor doce
Do amargo desejo depravado
Donde há de vir o pensamento
Mácula jamais quebrada
Em fora de sintonia está
Em cismar do farfalhar
A borboleta pousa na flor
E do néctar faz seu alimento
E do pólen faz brotar
Divina natureza, em contrapartida
Intervenção assidua será
Em junção de seus segredos
A perdição de nosso luar
Encontrando a acolhedora noite
Agasalhada solução conspira
Em total pranto te direi
E no fim, tudo o que eu sempre sonhei
É pra sempre te amar
Ass: Marcel Villalobo
Notas: Este poema não segue uma métrica nem obedece uma estrutura. Além do que, pode-se encontrar várias características de diferentes escolas literárias, a quem sempre procuro me inspirar, nos verdadeiros mestres do assunto.
O poema fala basicamente de amor, de uma forma bem metafórica e personificada, além de persistir certas dúvidas e conflitos. Enfim, essa é a minha interpretação, afinal, tem a ver com o momento que vivo.
2 comentários:
Bicho, eu não conhecia esse seu lado poetero!=P
Gostei do teu poema, principalmente no que você chamou de "segunda estrofe"(apesar da influência da segunda geração)!
Bom, você tem futuro, faça publicidade.
Wow!
Lindíssimo! Adorei, tudo mesmo, lindo vocabulário, maravilhoso contexto; remeteu-me mais à lembrança típicos escritos árcades-românticos, encantei-me tal como é-me de natureza contemplar os aprazíveis ares piegas da natureza!
Parabéns, quero ler muitos outros, sim?
:*
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